O melhor do mundo são as crianças
Por nós, em nosso nome
Foram os nossos que as chamou de Futuro
Falem baixo que a utopia dorme
E ao fundo do túnel, o que vejo é escuro
Diziam que jamais poderias ser vencido, mas tu cais
Parecias 'tar unido, mas não mais
Merecias ser furtivo, ser de ferro e muito mais
Ser o eco do berro dos nossos pais
Mas isso foi antes
Foram só encantos de antepassados
Com desgosto sobre o posto que tomamos
Tudo em nosso nome
Sim, em nome do povo
Mas se assim não fosse, como faríamos de novo?
Presos ao passado e a passar demasiado tempo presos
Sem marchar, sem lutar e perdemos
Fomos, talvez nem sequer chegámos a ser donos disto que temos
Somos quem somos sem nós
Somos sem voz, vem! Cospe!
Sem dó, cem, mil, moche, marcha!
Se me achas caloiro, então praxa!
Aponta-me o dedo no fundo da minha máscara
E diz-me que eu não sou ninguém e mostra-me quem tu és
Desenvolve um desempenho, o que é que queres?
Diz-me!
Se fiz-me de otário, ris-me na cara! Para!
Porque esta piada comparada áquilo que vem não é nada
O Bobo da Corte vai ser a corte, de acordo com a gargalhada!
Eh, perspetiva! Quem é que a motiva?
Quem a direciona?
Quem nos mostra ou cativa?
Alguma questão? Aliás, sugestão?
Preciso mesmo agora é que sugiram alternativa!
Perdão! Tudo em nosso nome como novo
Como se nada fosse
Como o nome do povo
E dos antepassados
No posto que tomamos
Assim como os infantes
Assim com esses encantos
Nós e outros tantos
O eco finalmente
A força, o berro que gritou todo o parente
Unidos e firmes! Isso e muito mais!
Poderia ser verdade mas não mais
Parecia ser verdade mas jamais
Mas na verdade já diziam os nossos pais
Em nosso nome (yeah, yeah!)
(Em nosso nome)
Vamos erguer a bandeira em nosso nome
Clamar e cantar o novo hino em nosso nome
Vamos fazê-lo por ti e pelo povo que tem dito
Se somos parte do mito, porque o nosso dono
Não nos dá, não nos diz, não nos guia, nem mostra
E nem dá de graça o que é nosso
Porque é deles e dar e guiar ou mostrar sem cobrar
É provar que é só vosso! (Em nosso nome)
É só vosso! (Em nosso nome)
Então é nosso como?
Yeah! Então é nosso como? (Diz!)
Diz!
OK! Nem todo o silêncio cala!
Minha língua é uma bala
Minha escrita fala, gala
Inalo o pó diretamente da sanzala
Donde sai o grito contra quem come à nossa pala
A sociedade é uma vala comum, mano
Onde a vida não vale nenhum chavo
TV e rádio contribuem para seres um escravo
E tu aplaudes e ainda clicas no zoom, bravo!
Eu sou a voz dos sem voz
O antes e o após
A força galvanizadora
Um exemplo p'ra todos vós
Quando escrevo, encripto!
Quando sinto, grito!
Quando me revolto, num instante torno-me num Egito
Conhecimento vale mais do que esperança pela mudança
Em nosso nome eu grito: Avança!
Escuta! Luta! Vem! Anda!
Grita! Fala! Cai! Levanta!
Em nosso nome, em nome da nossa geração
Dos 80, geração da insatisfação
Somos a estrela que brilha neste mundo cão
Por isso, em nosso nome eu grito
Emancipação, boy! Yeah!
(Em nosso nome)
Vamos erguer a bandeira em nosso nome
Clamar e cantar o novo hino em nosso nome
Vamos fazê-lo por ti e pelo povo que tem dito
Se somos parte do mito, porque o nosso dono
Não nos dá, não nos diz, não nos guia, nem mostra
E nem dá de graça o que é nosso
Porque é deles e dar e guiar ou mostrar sem cobrar
É provar que é só vosso! (Em nosso nome)
É só vosso! (Em nosso nome)