Até virar pó Até virar pó Até virares pó Até virares pó Éramos tão novos e culpas atribuíamos aos outros Ate que aprendemos que desde que nascemos Somos sós Individuais e só Crescemos após Cairmos porque a corrida é veloz Eu comparo a ao cabo dos meus phones Volta sempre a ter nós E eu volto sempre até nós Quando a memória quer ter voz E me lembro dos que nunca poderão ser avós O mundo era vosso O futuro era nosso Ou pensávamos que assim fosse Desde que houvesse um curioso Que desafiasse a própria mortalidade E se jogasse para o fosso da hipótese P'ra enriquecer o bolso ou o espírito Ou só viver por mais uma dose Cada um teu o seu deus ou a sua fé Mas até que se prove Só acredito no que posso Porque céu apenas caem bombas e chove Deixa me falhar, esquecer e aproveitar Cego e só cego e só Até virar pó E tu faz o que quiseres Sentires ou preferes Segue só Até virares pó Era só mais um copo Eu queria só mais um minuto Para não perder a Oportunidade de dizer tudo Já vi que a árvore Não fica longe da queda do fruto Que se afasta do braço da mãe P'ra voltar a ser raiz Depois de adulto O perigo sempre houve E o conselho é sempre o mesmo Porque ninguém ouve, ninguém ouve Tu vê o dia de hoje Nem é fácil 'tar perto Nem simples estar longe Querem-nos a desesperar Por uma fézada que nunca surge Há quem espere que envelheça Mate o que ame antes que enlouqueça Que o corpo adormeça Toda a gente esqueça antes que amanheça Eu só quero viver sem pressa Pressão por algo que não me interessa Pode ser que me enriqueça Ou só me faça não perder cabeça Ser dono de um trono mereça Sobreviver a doença Mas se isto é crime Culpai-me com a vossa sentença Ou então... Deixa me falhar, esquecer e aproveitar Cego e só cego e só Até virar pó E tu faz o que quiseres Sentires ou preferes Segue só Até virares pó