Vale tudo em busca da fama O ego demanda uma vida mundana Lei da selva, cenário de guerra Que impera nesta era leviana Vale tudo em busca da fama O ego demanda uma vida mundana Lei da selva, cenário de guerra Que impera nesta era leviana Toda a gente quer ser um conhecido Todos querem o seu ego bem nutrido Eu só quero estar na minha, passar despercebido Conseguir andar na rua sem ser reconhecido Todos a postos a contar gostos Visualizações a dar opiniões no mural das lamentações Seres virtuais, vidas banais em construção Fenomenais na ilusão da perfeição Na grande montra, na crista da onda Quem afronta digitalmente leva na tromba Seitas de frases-feitas, selfies perfeitas Médiuns de lugares comuns, grandes ideias Geniais, pais de verdades absolutas Nas teclas de déspotas em disputas Toxinas mentais em doses letais É insalubridade pública nas redes sociais Vale tudo em busca da fama O ego demanda uma vida mundana Lei da selva, cenário de guerra Que impera nesta era leviana Vale tudo em busca da fama O ego demanda uma vida mundana Lei da selva, cenário de guerra Que impera nesta era leviana Pérfidas, fétidas criaturas diabólicas Enguias viscosas dão-me cólicas Magistrados de teclados em quartos Desconectados do agora, em rede ligados Hologramas, mais uns gramas de ciberespaço Estão como o aço as mentes insanas Patologias crónicas, mnemônicas Verborreias vomitadas em desgastadas fórmulas É a sede da fama, quem não chora não mama Escalada horizontal à pala da cama Valorização na bolsa do capital cultural Técnicas de persuasão, estratégia viral Elites de vips, a nata da nata Coitados, inseguros agarrados à prata Craques no cachimbo com medo do limbo, do esquecimento És só mais um desconhecido Vale tudo em busca da fama O ego demanda uma vida mundana Lei da selva, cenário de guerra Que impera nesta era leviana Vale tudo em busca da fama O ego demanda uma vida mundana Lei da selva, cenário de guerra Que impera nesta era leviana Vale tudo Lei da selva Vale tudo Lei da selva