Coê, mano, foi mal
Tava vendo o jogo do Real aqui
Apaguei, viado, apaguei, tava virado
Vou colar aí pra nós gravar, peraí
Fazer silêncio sobre seus planos
Não ouvir o governo, não declarar renda
Saber selecionar quem são seus manos
Se colar numa resenha, não leva merenda
Igão falou: vamos gravar um som novo
Rodar o Brasil, fazer umas melodia que é o estouro
Mas como? Eu sou agressivo pique poucos amigos
Né, aprende a respeitar pai loiro
Tava sumido, tava no soro
Atendendo ao coro vim derrubar vilões
Trazer novas visões, parado
Destruindo os inimigo pique Aldebaram de Touro
O rap ainda é calouro no cenário nacional
A mídia só usa quem tá em evidência
Mas vi tantos grupos sumirem em dois anos
Que é melhor cês se atentar, falo por experiência
Não sei se é o ego
Ou a prepotência que gera esse terror
Mas esquecer quem é o real inimigo
Vai fazer o oprimido abraçar discurso de opressor
Nem sou professor, mas te explico, sim, senhor
Meu conceito sobre humildade
Consiste em saber que você não sabe tudo
Que alguém sabe mais que você
E sempre há algo novo a aprender
Penso em Perfil, Choice & BK
Penso em refil, lanche no BK
O bonde partiu, não pode brekar
E é melhor voltar a correr porque se não vou te alcançar, tá?
São muitos planos, pouca ação
Confundir profissão com vocação, só provocação
Aí que provoca a ação da raiva
Juntarem Bolsonaro e Mito na mesma palavra
Se nem cabe na mesma frase
A não ser que seja num anúncio bonito
(Capitão da Bope tortura Bolsonaro por 18h)
Traz um troféu pra esse mito (chora)
Não, mas, Duboc
Não era agora que era pro beat virar?
Não, não, vai, vai, deixa assim, deixa assim
Vou continuar assim, deixa assim, vai, fantasia, fantasia
Eu sou o fodão, eu curto umas festinha top
Tomo umas bebida gringa e fico em estado crítico
Falo que sou do hip-hop, trato mal morador de bairro pobre
Mas no Face eu sou político
Mando respeitar as mina, sou good vibes
Sou o terror dos freestyle da minha city
Pago de intelectual, mas sufoco todas as novinha de 15
I love kids
Eu sei fazer o flow do Travis, NaaN
Não gosto muito desses raps que você faz
Tem que cantar menos complicado, falar o que nego quer ouvir
Não entendeu ainda, rapaz?
Além do mais, esse é o terceiro papo reto do ano
O primeiro tá no meu canal e o segundo lá no do Peu
Mas se cê tava perdendo tempo ouvindo os raps sub-14
Aí não é problema meu
Ah para, o rap cresceu, falou, valeu, valeu
O rap tá tipo Brandon Dassey, perdidinho
Sem saber o que aconteceu
Cresceu, mas não amadureceu
Julgado por algo que não cometeu
Vender milhões de plays e gritar que não se vendeu
Todo mundo se corrompeu ou se corrompe
E vagabundo tá onde mereceu
Já que o dinheiro compra tudo, beleza
Eu tô comprando mais estudo, adquirindo conteúdo
Porque não é todo dia que alguém investe
Quase 50 milhões pra comprar um Vinícius Jr
Na minha área têm vários menor que é brabo na rima
Toda quarta-feira no mermo pique
Que só precisava de uma oportunidade
Mas nossa estrutura nem permite
Aí vem nego de fora com dólar falando do sonho da bola
Que rola melhor num gramado liso
Oferecendo uma vida diferente de Laranjinha e Acerola
Como dizer não pra isso?
Era pra eu tá no funk, cantando putaria
Ganhando grana, ajudando quem tem fome
Então fechou, próximo som é
NAAN featuring MC Maneirinho, produção Yago Gomes
(Tudo normal, manda elas sentar no)
Mas enquanto eu estiver no rap
Eu vou cobrar quem não tiver postura, se eu te trombar na rua
Foda-se se tu for branco, for preto, azul ou vermelho
Não importa, não vem de paraquedas na cultura
Isso é aula, então traz a merenda
Se fode na prática até que você aprenda
Abrace uma causa, não se venda
Batalhe nessa tecla até que os cara entenda
(The real gangsta, I know who are)
Ah, e falando em cobrar
E aí, C4bal, tô aguardando tu ligar
Se tiver sem crédito, disca o 9090
Lá se foi o último papo reto do ano, que que cê acha?
Hmm, gostou, hein, vagabundo?