Se subjugue uma só vez E, para sempre, estarás Condenado a se dobrar Pois de joelhos você vê melhor (e enxerga) A imensidão de regras a seguir É vantagem nunca contestar Por apenas não se perguntar O que pode acontecer? (o que pode acontecer?) Da passividade à sujeição Entre ser omisso e dizer não É maior comodidade concordar E se esquecer de si? Perdido, não se emancipar É onerosa tanta convicção Pois repensar sobre os seus dias (seus dias) Faz você ver quão raro é respirar O importante em nunca se afirmar É, por completo, ignorar Quão efêmero é você (quão efêmero é você) E porquanto ainda residir Em se esconder tanto de si Se a tua felicidade é muito mais Que se contradizer? E o que é Toda esta ausência Além de quem se é?