Ai, deixa-me chorar para suavizar O que eu não sei dizer, mas sei sentir Não prantear um amor que se perdeu É a nossa alma enganar E ao próprio coração querer mentir Rir é quase iludir É querer forçar o próprio coração a gargalhar Quando ele está solitário na dor A soluçar de amor É mais sublime a lágrima que exprime as nossas emoções Amenizando a alma cheia de ilusões Do que sorrir para esconder a mágoa que o olhar não diz Não há ninguém feliz Quero fazer das lágrimas que choro estrelas a brilhar Rosas de cristal do pranto emocional Mas se ela voltar fulgente diadema então lhe ofertarei Do pranto que chorei Sim, quem nunca chorou Certo nunca amou Talvez nem alma tenha para sentir Não me faz inveja este prazer Eu gosto até de padecer Chorar é a mágoa em pérolas diluir Mas quem quiser amar Certo há de chorar Há que sentir morrer o coração Porque o amor sendo belo falaz Como os ais Se desfaz em ilusão