Çã, ão, çã, ão
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Coraçã, ão, çã, ão
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Haja peito, o ar ta tão rarefeito, que me faz peso
Não há amarras, só que de alguma forma me sinto preso
Não é um deserto mas é que tantas vezes me vi sozinho
Que aprendi a trilhar o caminho sem ter ajuda por perto
Sei que egoísmo não é certo, é que de tanto ficar no incerto
E posto na beira do abismo, que hoje eu fico esperto
Pois eu cito em meus versos, que vivo no meu universo
Só amigo que quer bem, eu não admito jamais o inverso
Sei que um bom guerreiro é humano mas não desiste
Também sei que um verdadeiro sem um plano não existe
Não é daqueles que só reclama, sempre pondo o dedo em riste
Que não faz porra nenhuma, simplesmente só assiste
Enquanto me mostravam o chão, eu e muitos miravam o céu
Passam-se anos, não me admiro de tantos virarem réus
Faz seus planos, mais comete o engano e a vida créu
Mano, eu sei bem o porque a abelha faz o mel, pra manter o
Çoraçã, ão, çã, ão
É isso mesmo, vai vendo
Tamo' vivão e vivendo
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É isso mesmo, vai vendo
Tamo' vivão e vivendo
Alguns anos atrás eu tava, andando sobre lava
Tipo, vida, vem, me leva, depois me deixa em casa
A vida não era um filme, e eu era o protagonista
Então às vezes dava tilt em vosso humilde roteirista
Meus dois pés na pista, vermelho nas duas vistas
Com os caninha na revista, eles são cheio de malícia
Tava buscando por coisas que amenizassem problemas
Fizesse essa vida doida ser boa e valer a pena
Sempre adiando responsas, quando encontrava dilemas
Hoje nem tudo mudou, pra vacilão só tem um lema
Tava preso por correntes que eram parte de mim mesmo
Era só o que eu tinha, eu tinha que viver assim mesmo
Olhando a minha volta não ia ter e já não tinha emprego
Queria ser malandrinho e fazer um din com os gogrin, nego
Brindo aos momentos que fazem da terra um céu
Mano, eu sei bem porque a abelha faz o mel, pra manter o
Coraçã, ão, çã, ão
É isso mesmo, vai vendo
Tamo' vivão e vivendo
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É isso mesmo, vai vendo
Tamo' vivão e vivendo
Çã, ão, çã, ão