Quando já não sou sua Convulso a ideia de que estou avulsa Quebro louça Vasculho a bolsa No impulso de cortar os pulsos Gótica, me trancar no quarto escuro Escondo a cara kamikaze atrás do blush E de uma dose relaxante Quase me dopo Foi mal Se misturei formol e frontal No copo é que senti meu corpo sem sal Meu signo no horóscopo do jornal Aí acontece d'eu acordar ótima Preciso cortar os cabelos Comprar mais um creme amarelo Retomar a semiótica Uma dieta de atleta Um protótipo uma meta Uma nova ótica Uma outra ética Porque hoje estou ótima Uma vítima úmida e completa A ultima, a saber, que precisa de afeto Melhor deixar os chocolates por perto Porque hoje estou ótima Quem sabe ele me arranca a blusa Me abusa e nunca mais me acusa de eu estar bem Ótima