Surgiu uma velha do oco da noite Talvez, feiticeira, quem sabe, uma deusa do tempo Prevendo o futuro na casca do ovo No espelho da gema, na gala e no sangue No visgo do verbo, girando nas mãos, toda luz Viver É uma preparação para a saudade, ela disse É uma preparação para a saudade Uma preparação, viver É uma preparação para a saudade, ela disse É uma preparação para a saudade Uma preparação, viver Ela sumiu como veio Vestida de rosa e azul Um bolso na altura dos seios Guardando um isqueiro de pedra Eu fui saindo do mato A memória pela mão A noite ainda era oca E em mim, rebatia o bordão No fim, o começo No começo, o fim No fim, o começo No começo, o fim No fim, o começo No começo, o fim Viver É uma preparação para a saudade, ela disse É uma preparação para a saudade Uma preparação, viver É uma preparação para a saudade, ela disse É uma preparação para a saudade Uma preparação, viver