Por certo existe nas ganas Do peito meu e dos fletes A sede dos horizontes Das aflições lusitanas É certo nas escrituras O meu destino de achar-te Contra os desígnios de Marte Ou contra as lanças charruas Por ti, domei meus cavalos Tordilhos negros, é claro! E encarangado de amores Lancei as naves tordilhas No rumo das tuas ilhas Que estão no sul desta dor E os fletes, como as galeras De gamas e de cabrais Beberam nos temporais O cheiro das tuas terras Os inimigos, os monstros A noite, mistérios, medos Cavalos tordilhos negros Pecharam com os encontros E o longe então veio vindo Nos cascos das minhas naves Meu pala – asas prováveis Pro teu sorriso E os dias vão continuando Com pergaminhos mais claros Vou ancorar meus cavalos No porto azul do teu rancho