Diz-me agora o teu nome, se já dissemos que sim Pelo olhar que demora, por que me olhas assim? Por que me rondas assim? Toda a luz da avenida se desdobra em paixão Magias de druida pelo teu toque de mão Soam ventos amenos p'los mares morenos do meu coração ♪ Espelhando as vitrinas da cidade sem fim Tu surgiste divina, por que me abeiras assim? Por que me tocas assim? E trocamos pendentes, velhas palavras tontas Com sotaques diferentes, nossa prosa está pronta Dobrando esquinas e gretas pelo caminho das letras Que todo o resto não conta E lá fomos audazes por passeios tardios Vadiando o asfalto, cruzando outras pontes de mares que são rios E num bar fora de horas, se eu chorar, perdoa Ó, meu bem, é que eu canto por dentro, sonhando que estou em Lisboa ♪ Dizes-me então que sou teu, que tu és toda p'ra mim Que me pões no apogeu, por que me abraças assim? Por que me beijas assim? Por esta noite adiante, se tu me pedes enfim Num céu de anúncios brilhantes, vamos casar em Berlim À luz vã dos faróis são de seda os lençóis Porque me amas assim E lá fomos audazes por passeios tardios Vadiando o asfalto, cruzando outras pontes de mares que são rios E num bar fora de horas, se eu chorar, perdoa Ó, meu bem, é que eu canto por dentro sonhando que estou em Lisboa