Nós somos A Nova-Brigada-Dos-Coronéis- De-Lápis-Azul Perfilada em novos quartéis Fazemos o cadastro Toda a folha do artista Se de mau cantor não passa Um péssimo vocalista A mais doce palavra Sempre é mais subversiva Na sua boca alarve Ainda mais superlativa Feito de casca grossa Mesmo de baixa extracção Altamente decilitrado Sem regra nem excepção Nós somos A Nova-Brigada-Dos-Coronéis- De-Lápis-Azul Perfilada em novos quartéis Aguçada na ponta Que mais risca esses papéis Escritos pelos "contras" Contra a lei dos bacharéis E se a censura aviva A morte do criador Banido da pantalha Cedo morre esse cantor E calado na rádio Apagado dos jornais Vai-se a vida à voz canora... há-de morrer um pouco mais E um pouco mais há-de morrer Há-de morrer ainda Se lhe arrojarmos à cabeça Um prémio desta maneira Vai ele direito à carreta E de ventas às torneiras E não serão decretados Três dias de luto a mais Mas um só dia de fados E alegrias nacionais Nós somos A Nova-Brigada-Dos-Coronéis- De-Lápis-Azul Perfilada em novos quarteis