Primeiro a serra semeada terra a terra Nas vertentes da promessa Nas vertentes da promessa Depois o verde que se ganha ou que se perde Quando a chuva cai depressa Quando a chuva cai depressa E nasce o fruto quantas vezes diminuto Como as uvas da alegria Como as uvas da alegria E na vindima vão as cestas até cima Com o pão de cada dia Com o pão de cada dia Suor do rosto pra pisar e ver o mosto Nos lagares do bom caminho Nos lagares do bom caminho Assim cuidado faz-se o sonho e fermentado Generoso como o vinho Generoso como o vinho E pelo rio vai dourado o nosso brio Nos rabelos duma vida Nos rabelos duma vida E para o mundo vão garrafas cá do fundo De uma gente envaidecida De uma gente envaidecida Vinho do Porto Vinho de Portugal E vai à nossa À nossa beira mar À beira Porto À vinho Porto mar Há-de haver Porto Para o nosso mar Vinho do Porto Vinho de Portugal E vai à nossa À nossa beira mar À beira Porto À vinho Porto mar Há-de haver Porto Para o desconforto Para o que anda torto Neste navegar Por isso há festa não há gente como esta Quando a vida nos empresta uns foguetes de ilusão Vem a fanfarra e os míudos, a algazarra Vai-se o povo que se agarra pra passar a procissão E são atletas, corredores de bicicletas E palavras indiscretas na boca de algum rapaz E as barracas mais os cortes nas casacas Os conjuntos, as ressacas e outro brinde que se faz Vinho do Porto vou servi-lo neste cálice Alicerce da amizade em Portugal É o conforto de um amor tomado aos tragos Que trazemos por vontade em Portugal Se nós quisermos entornar a pequenez Se nós soubermos ser amigos desta vez Não há champanhe que nos ganhe Nem ninguém que nos apanhe Porque o vinho é português Vinho do Porto Vinho de Portugal E vai à nossa À nossa beira mar À beira Porto À vinho Porto mar Há-de haver Porto Para o desconforto Para o que anda torto Neste navegar Vinho do Porto Vinho de Portugal E vai à nossa À nossa beira mar À beira Porto À vinho Porto mar Há-de haver Porto Para o desconforto Para o que anda torto Neste navegar