Toda a tua vida é um segredo Guardado no silêncio dos teus passos Discreto, misterioso e subtil Nos gestos, nas palavras, no olhar Quem pode assim esconder de ti a alma Quem pode recusar-te a confissão Da tua boca bebo a imensa calma Que embala e adormece o coração Vagueias pela casa a horas mortas Num bailado de sombras quase ausente Teus olhos franqueando essas portas Que se abrem sobre a vida da gente Quem pode assim esconder de ti a alma Quem pode recusar-te a confissão Da tua boca bebo a imensa calma Que embala e adormece o coração Calma, calma, calma... Quem pode assim esconder de ti a alma Quem pode recusar-te a confissão Da tua boca bebo a imensa calma Que embala e adormece o coração