O bando debandou Subindo do arvoredo Do vácuo que ficou No fim do seu degredo E as asas abrem chagas No acinzar do entardecer E amansam a agonia Do dia a escurecer Ensombram a ribeira E o verde da seara E passam pela eira Em que o sol se pousara Nas gotas do orvalho Luarento e vacilante Refrescam o cansaço E dormem um instante Pássaros do sul Bando de asas soltas Trazem melodias P'ra cantar às moças Em noites de romaria Em noites de romaria No adejo da alvorada Oscila a minha mágoa O céu à desgarrada Irrompe azul na água E a passarada acorda No sonhar de um camponês E entrega-se no sul Do frio que à noite fez É tempo da partida E a cor no horizonte Adensa a despedida E o borbotar da fonte As asas abrem chagas Na poeira o sol acalma Num agitar inquieto Que me refresca a alma Pássaros do sul Bando de asas soltas Trazem melodias Pra cantar às moças Em noites de romaria Pássaros do sul Bando de asas soltas Trazem melodias Pra cantar às moças Em noites de romaria Em noites de romaria Em noites de romaria Em noites de romaria