Pedes-me um tempo Pra balanço de vida Mas eu sou de letras Não me sei dividir Para mim um balanço É mesmo balançar Balançar até dar balanço E sair Pedes-me um sonho Pra fazer de chão Mas eu desses não tenho Só dos de voar E agarras a minha mão Com a tua mão E prendes-me a dizer Que me estás a salvar De quê? De viver o perigo De quê? De rasgar o peito Com o quê? De morrer Mas de que, paixão? De quê? Se o que mata mais é não ver O que a noite esconde E nao ter, nem sentir O vento ardente A soprar o coração Prendes o mundo Dentro das mãos fechadas E o que cabe é pouco Mas é tudo o que tens Esqueces que às vezes Quando falha o chão O salto é sem rede E tens de abrir as mãos Pedes-me um sonho Pra juntar os pedaços Mas nem tudo o que parte Se volta a colar E agarras a minha mão Com a tua mão e prendes-me E dizes-me para te salvar De quê? De viver o perigo De quê? De rasgar o peito Com o quê? De morrer Mas de que, paixão? De quê? Se o que mata mais é não ver O que a noite esconde E nao ter, nem sentir O vento ardente A soprar o coração ♪ De quê? De viver o perigo De quê? De rasgar o peito Com o quê? De morrer Mas de que, paixão? De quê? Se o que mata mais é não ver O que a noite esconde E nao ter, nem sentir O vento ardente A soprar o coração Tiago Bettencourt