Minha guitarra é vaidosa Mas vaidosa com encanto Minha guitarra é vaidosa Mas vaidosa com encanto Sente-se toda orgulhosa Todas as vezes que canto Sente-se toda orgulhosa Todas as vezes que canto Alfredo quando cantas Cantas com tanta saudade Alfredo quando cantas Cantas com tanta saudade Que eu sinto que tu encantas Toda a minha mocidade Que eu sinto que tu encantas Toda a minha mocidade Dizem que o fado desgraça O fado de muita gente Mentir ao fado não passa Num fado que qualquer sente Mentir ao fado não passa Nenhum fado que qualquer sente O fado é a voz do povo Que com o povo nasceu O fado é a voz do povo Que com o povo nasceu Tu és antigo e eu sou novo Será meu o que foi teu Tu és antigo e eu sou novo Será meu o que foi teu Entre fadistas de lei Com meu concurso não falto Entre fadistas de lei Com meu concurso não falto Tenho orgulho em ser da grei Um do faias do Bairro Alto Tenho orgulho em ser da grei Um do faias do Bairro Alto Apesar de muito novo Quando canto uma cantiga Apesar de muito novo Quando canto uma cantiga Faço recordar ao povo A fadistagem antiga Faço recordar ao povo A fadistagem antiga A minha pobre garganta Já não tem a voz de outrora A minha pobre garganta Já não tem a voz de outrora Mas quando canta, ainda canta Ao pé da vozes de agora Mas quando canta, ainda canta Ao pé da vozes de agora Quem sabe meu pioneiro Se nesta história não fica Quem sabe meu pioneiro Se nesta história não fica O Alfredo Marceneiro Junto ao Miudo da Bica O Alfredo Marceneiro Junto ao Miudo da Bica