Vivo humilde pelos trilhos Do que vejo pela frente Gambá sou, pouco ilumino Lento farejo o farelo Que me é dado no caminho Desejo apenas na vida Acertar o alvo fino De morrer depois dos pais De morrer antes dos filhos Vem o vento na janela Bate até que me adivinha A lua faz sentinela Desse meu corpo deitado Tão puído que esfarela Eu peço apenas à noite O mistério de um poema Que ilumine alguma dor E evapore no sereno