Tenho muita pena do político Que é possuído por metal envenenado Precisa de um séquito, é tão raquítico Borra de medo feito um coitado Quebra a colunata da política Faz uma torre de babel sem espinhaço Carece de máscara, remói a crítica Num arremedo de homem de aço Tenta amaciar o travesseiro Mas tem vergonha do anjo da guarda No meio da noite rosna o perdigueiro Em pesadelos a verdade o acovarda Quando ele acorda, deixa a cabeça No gabinete com seus assessores Assim não se recorda de nenhuma promessa Que levou na conversa uma porção de eleitores Imagino giros infelizes Depois do fim de sua vida longeva Entre burocratas, banqueiros, juízes Um bando de capacho do rei da treva Tenho muita pena do político Que é possuído por metal envenenado Precisa de um séquito, é tão raquítico Borra de medo feito um coitado Tenho muita pena de nós todos Quando nós somos quase iguais a ele Quando amamentamos com nossos engodos O lobo que há debaixo de nossa pele