Abatereis lanceiros Da cavalaria do Império da Serra do Mar Atravessareis barricadas As da reação, as da rebelião As da imunidade parlamentar Entrareis em cheio No ventrículo esquerdireito do monólito Com vosso tropel de zumbis E ali desenterrareis O tesouro português Honrarias, brasões e maravedis Financiareis a mineração de nióbio, carvão e bauxita E à Ilha Bonita de Marapatá Chegareis, Colombo, e ferrareis o lombo de las chicas Com vosso mazombo patuá Cavalgareis icamiabas ávidas Por vosso florete lavrado na CSN E nelas semeareis Com fúria e com languidez A vossa progênie Serão os filhos do herói A síntese da raça Os magos da nanotecnofolia Vão esmagar o Hemisfério Norte Como disse Dom Bosco Vieira Na profecia Vereis nosso brilho crescer E o resto do mundo dizer: - Pindorama, we need you! E quando raiar esse dia Será de alegria O vosso suicídio O povo em transe comemorará Vosso ingresso na posteridade A grande pátria livre cantará De gozo, de inveja, de medo e saudade Mas a falange zumbi vos invocará no centro do terreiro E vossa reencarnação será visualizada pelo mundo inteiro O povo em transe comemorará Vosso ingresso na posteridade A grande pátria livre cantará De gozo, de inveja, de medo e saudade Mas a falange zumbi vos invocará no centro do terreiro E vossa reencarnação será visualizada pelo mundo inteiro