No cotidiano, rostos anônimos Passam e perpassam no mesmo lugar Ruas e avenidas tem lotação máxima Ocupam os espaços, fingem não se importar São donos de tudo, querem ser do meu lar Ditam suas regras sem nos considerar Lá é o lugar (é o lugar) Cheio de vazio, cheio de vazio moral (cheio de vazio moral) Lá é o lugar (é o lugar) Cheio de vazio, cheio de vazio moral (de vazio moral) Fala, fala, fala Mas não sabe o que diz Não toma conta nem do próprio nariz Reputa, oprime, define e paga o juiz Crítica minha saia e também meu batom Se eu bebo, fumo e acho sexo bom Julga meus amores, meus valores, as cores e sons La é o lugar, cheio de vazio Cheio de vazio moral La é o lugar, cheio de vazio Cheio de vazio moral Lares, andares Desviam sentimentos Mirando cobertura Só achei chão de cimento Precisei de colo Você não tava lá Na hora do amor Gritou que outro ia me dá Me encontrei sozinha Foi duro o processo É bem mais complicado dividindo o mesmo teto Fugir? Pra quê? Chorar? Não pode Quantas outras de nós não conseguiram ser tão fortes? Apontam os seus dedos, perseguem os medos Gritam da janela do mundo deles mesmos Nos cabe resistir, amar e seguir Lá é o lugar, cheio de vazio Cheio de vazio moral (moral) Lá é o lugar, cheio de vazio Cheio de vazio moral Lá é o lugar, cheio de vazio Cheio de vazio moral Lá é o lugar, cheio de vazio Cheio de vazio moral Cheio de vazio Cheio de vazio moral Cheio de vazio Cheio de vazio moral Cheio de vazio moral Cheio de vazio Cheio de vazio moral