Não me chama de benzinho que eu fico meio bisqueiro Me chama de teu bagual que este é meu jeitão campeiro Casar contigo eu não caso, posso ser teu companheiro Pelego tenho pra cama e lombilho pra travesseiro Mesmo assim pra viver junto, te ponho uma condição Tu tem que saltar cedito e preparar meu chimarrão Enquanto eu vou me entretendo com os golpes dos redomão Nasci pra lidar com os potros de rédea e buçal na mão ♪ Deste oficio perigoso sei bem que não vou deixar Se tu quiseres ser minha, tu tens que me acompanhar O que não sabe eu te ensino, só não pode te assustar Nem te fazer de aporreada na hora que eu te mandar Não sou louco, te garanto, o povo é quem julga e diz No lombo dos aporreados, proezas arriscadas eu fiz Pois gineteando eu assusto lagarto, cobra e perdiz Se me estropiar desse jeito, juro que morro feliz ♪ Mulher e terneiro novo nunca se corre de atrás Se te resolver ir embora te escapa e não volta mais Que eu sigo do mesmo jeito, lidando com os animais Ensinando o que aprendi e aprendendo muito mais Se te agradou do meu jeito, te dou respaldo e carinho Mulher séria e de respeito alegra qualquer ranchinho Caso contrário, eu te juro, prefiro ficar sozinho Se te agradou, junta as trouxas que eu já te mostro o caminho