Em noites mal dormidas, madrugada chega e apavora Sou como um barril de pólvora preste a explodir Qualquer faísca pode resumir Colocar ponto final ao ódio do meu existir Meu próprio ódio não me deixa refletir Não me deixa decidir entre mais uma tentativa ou só sucumbir Quantas vezes foi assim, dei um tiro e me senti Quantas vezes já pensei em me dar um tiro pra não mais sentir? O peito enfermo tão doloroso A vida a esmo, perigoso Esquema rigoroso pra se ver feliz Sorrisos ensaiados não me entregam por um triz Dou mais um gole na cachaça pra ouvir o que ela me diz ♪ Você sabe que eu falo da boca pra fora Que eu me apavoro se você demora Você sabe que eu não canto se você não canta Você sabe que a saudade que eu sinto é tanta Você sabe tudo isso... Troquei meu rancor num buquê E num jaco de helanca anis E o ódio que deixava minha perna manca desfiz O impasse no passo, um tácito traço Meu nó disfarçado de laço Não posso deixar que te afaste mais Bem quando zombei de suas lástimas E meu ego mastigo Não desligo, sossego Só me importo contigo Quero ser seu Rodrigo E vim até aqui com esse buquê pra te dizer Pode contar comigo ♪ Eu só quero que cê saiba que não desisti (não desisti) Juntos não vamos deixar o castelo ruir (ruir) Pois depois de tantas tretas estamos aqui (aqui) Ah, ah, é hora de sorrir Você sabe que eu falo da boca pra fora Que eu me apavoro se você demora Você sabe que eu não canto se você não canta Você sabe que a saudade que eu sinto é tanta Você sabe tudo isso e quer me chatear Você que de novo ver meus olhos cheios d'água Você sabe que a vida não vale essa mágoa Por isso insisto na ressalva, deixa isso pra lá