Desde que eu me entendo por gente Volta e meia eu tenho o mesmo sonho Quer dizer, são dois os meus sonhos recorrentes Mas um deles nem é tão ruim assim Nesse outro, que é o mais pertubador de todos Eu me vejo conversando com um pequeno grupo de pessoas Quando, de repente, eu sinto todos os meus dentes Se soltando na minha boca Sem qualquer explicação razoável Todos eles tentando avançar na direção da minha garganta ♪ Sem outra opção Eu encerro a conversa imediatamente E saio andando com pressa pela rua Tentando fazer com quem ninguém perceba O que tá acontecendo O que se revela um esforço completamente inútil Porque os dentes, supreendentemente brancos Volumosos e arredondados Começam a escapar da minha boca Empurrados por uma violenta cachoeira de sangue E espalhafatosamente caem na palma da minha mão ♪ Desesperado, eu tento perdir socorro e o sonho acaba Exatamente aí Eu acordo sempre nessa parte