Tenho um segredo que levo comigo Que me faz sempre cismar Não sei se quero estar contigo Ou se quero contigo estar Ribeirinho, ribeirinho que Falas tão devagar Ensina-me o teu caminho De passar sem desejar Vai alta, alta, alta a nuvem que passa Vai alto, alto, alto o meu pensamento Que é escravo da tua graça Como a nuvem o é do vento Vem cá dizer-me que sim Ou vem dizer-me que não Porque sempre vens assim P'ra ao pé do meu coração! Vem cá dizer-me que sim Ou vem dizer-me que não Sempre estás perto de mim Na minha imaginação! Tenho uma pena que escreve Aquilo que eu sempre sinta Se é mentira, escreve leve Se é verdade, não tem tinta Ribeirinho, ribeirinho (ai!) Que vais a correr ao léu Tu vais a correr sozinho Ribeirinho, como eu Vai alta, alta, alta a nuvem que passa E passa, passa, passa uma sombra também Ninguém diz que é desgraça Não ter o que se não tem (olha!) Vem cá dizer-me que sim Ou vem dizer-me que não Porque sempre vens assim P'ra ao pé do meu coração! Vem cá dizer-me que sim Ou vem dizer-me que não Sempre estás perto de mim Na minha imaginação! Todos lá vão para a festa, para a festa Com um brilhante azul de céu Todos lá vão, ninguém resta Ah, sim... resto eu! (não, 'tás maluco) Não, não, vem para a festa também! Vem tu também! Já não sei se estou sonhando (Já não sei se estou sonhando) Nem de que serve sonhar (Nem de que serve sonhar) Mas antes de acabar estes versos Feitos em modo maior Cumpre prestar homenagem À bebedeira do autor! Vem cá dizer-me que sim Ou vem dizer-me que não Porque sempre vens assim P'ra ao pé do meu coração! Vem cá dizer-me que sim Ou vem dizer-me que não Sempre estás perto de mim Na minha imaginação! Vem cá dizer-me que sim Ou vem dizer-me que não Você é a flor do jardim Ti a fruta da paixão! (epa!) Vem cá dizer-me que sim Ou vem dizer-me que não Vi matar esta paixão Que me devora o coração Vem cá dizer-me que sim Ou vem dizer-me que não Não me digas que não Que sim, que não, que sim, que não Vem cá dizer-me que sim Ou vem dizer-me que não Não disse que não Ai-ai-ai-ai-ai-ai