Ó árvore verde visível Teimas em mim flutuar Teu verde é irreconhecível Pois é distante do mar Sente-se uma onda fria e forte Faz reflexo no horizonte Tão peremptório quanto a morte A pedir água p'ra fonte Aqui livre presa ao chão Perto de pardais a voar De algumas folhas coração E de erva parda a suportar Em ti verei verde de novo Sem ti saboreio o abandono Contigo meu pranto renovo Na primavera e no outono Em ti vejo a claridade Exaurida e espaçada Por ti invito minha idade Tantas vezes assombrada As pessoas sem liberdade As crianças sem perceção Os velhos já de uma certa idade Que brevemente morrerão Aqui livre presa ao chão Perto de pardais a voar De algumas folhas coração E de erva parda a suportar Em ti verei verde de novo Sem ti saboreio o abandono Contigo meu pranto renovo Na primavera e no outono