À tarde alevanta-se o vento Voa areia da talha dourada Quadrilheiros, eu nunca me rendo A vossa estima já é sagrada Não podes ser tu a dizer quem eu sou Eu sou fogo no vendaval Sou tudo o que achas mal, em bom Eu sou o sangue no enxoval Sou o prémio do teu punhal, bem bom E a corda a prender-me o pescoço (e a corda a prender-me o pescoço) Nas vezes de moço que fiz por parecer Não quero ser mais de um nem de outro Sou mais eu quando não tenho medo de ser Sou mais eu quando não tenho medo de ser Gato malhado a ditar a jornada Já deu criança com paleio A gente fica a curtir à molhada Quando só cabe a barriga no meio Sete pasquins para um galhardete E opinião dá pra mais um Nunca fui boa de canivete Mas fiquei forte no jejum E a corda a prender-me o pescoço (e a corda a prender-me o pescoço) Nas vezes de moço que fiz por parecer Não quero ser mais de um nem de outro Sou mais eu quando não tenho medo de ser Sou mais eu quando não tenho medo de ser Sou mais eu quando não tenho medo de ser Sou mais eu quando não tenho medo de ser