Vinte e quatro sobre sete Sobre um quarto somos menos desapontados no que cremos Fartos do que temos Quantos braços esquecemos e ornatos prometemos? Sem sabermos onde estamos Perco o medo por inteiro, perco tempo, conto danos Quão sós somos quantos? Tantos frente ao teu espelho tão eternos como Thanos O meu tempo é chão tu sobre ele deitada Quanto pesa a tua mão? Meu externo é chão, tu sobre ele é a casa então Esquece a canção, os versos do cão, despe a Razão ♪ Sempre que nos temos nus O caminho à nossa frente com cada vez menos luz Após a lua é que eu desperto toda a noite, Vénus Bebemos para fazermos as diferenças tênues Numa vida virtual Velhos e o mundo desce como a pele dos cotovelos Fotos pa' lembrarmos como os dias foram belos E a passagem do nosso tempo pela cor dos teus cabelos, hey O meu tempo é chão tu sobre ele deitada Quanto pesa a tua mão? O meu externo é chão, tu sobre ele é a casa então Esquece a canção, os versos do cão, despe a razão Tira a pressão dessa rolha, claridade é escolha Medo é temporário e não molha, faz a tua escolha Todo o tempo atrás, tempo atrás sei que dás Mais pra além, p'ra mim é paz Eu não sei porque é que eu escondo Tudo o que a vida me traz A tua pele como outrora Recordas quando não havia agoras? O mundo não tinha regras E o nosso tempo não tinha horas E eu sabia num só fôlego cada poema que tu decoras Bate coração, derrota Quem me dera ser o corpo que tu acordas E eu vou-me embora, exploro o nosso lado de fora Pelo chão do quarto, roupas e na tua boca, amoras O meu tempo é chão tu sobre ele deitada Quanto pesa a tua mão? O meu externo é chão, tu sobre ele é a casa então Esquece a canção, os versos do cão, despe a razão O meu tempo é chão tu sobre ele deitada Quanto pesa a tua mão? O meu externo é chão, tu sobre ele é a casa então Esquece a canção, os versos do cão, despe a razão