Esta música é dedicada a Joaquim Cordeiro Cabeça, pés, rapsódia, miscelânea para três E esta, só por paródia, vai sem cabeça nem pés Ó lua que vais tão alta Ó minha mãe, minha amada Cabelo branco é saudade Era já noite cerrada Cabelo branco é saudade Era já noite cerrada Espinafres, rabanetes Tubarões e carapaus Fogo de vista, foguetes Um cortejo de lacraus Os tempos estão muito maus Acende a luz da ribalta Pra morrer já pouco falta Quem é que quer ler a sina? Toma lá penicilina Ó lua que vais tão alta Toma lá penicilina Ó lua que vais tão alta Sou um poeta de fama Poeta das violetas Escrevo os meus versos a lã Inspiro-me nas valetas Ninguém me faça caretas Ai, que rica marmelada Tomates para a salada Os burros não são cavalos Dê-me pomada para os calos Ó minha mãe, minha amada Dê-me pomada para os calos Ó minha mãe, minha amada Três vezes nove, vinte e sete Ai que moças tão bonitas Vira a folha ao canivete Há vida muitos esquisitas Mas que cisma de parasitas Anda aí pela cidade Sou maluco, isso é verdade Mas tenho aqui meia leca Na cabeça de um careca Cabelo branco é saudade Na cabeça de um careca Cabelo branco é saudade Andas no rigor da moda Mas que giro que isto é? Sexta-feira é que anda à roda Quem me compra o rié? Dói-me o calcanhar do pé Os mudos não dizem nada Maria, trás cá a casa E um garrafão de aguardente Nascia o sol no poente Era já noite cerrada Nascia o sol no poente Era já noite cerrada Obrigado, obrigado, obrigado, obrigado...