Sentido frente, conectando esse manancial ao incomum O sol nascendo estimula o criacional Percepção, olhos castanhos estranham o que é comum O sol se pondo da início a esfera vocacional Dia e noite, neste instante conflitos de identidade Confrontos de densidade a noite pesa, mas é incrível O dia só aparece pra me dar inspiração Liberdade as seis da manhã Só volto a viver as seis da tarde Passível de indagação, desde os tempos de puberdade Eu queria trocar uma ideia com meus professores antigos Ou melhor, com os pais deles, que de outra geração Me obrigaram a discordar hoje desse ensino fodido Na era onde se pode falar tudo que se sente Meu exílio hoje dedico àqueles que não entendem mais Esse mundo, de onde quem nasce agora no futuro vai Trampar com uma profissão que ainda nem é existente Ciclo renova a gente sempre a cada dia E quem fica pra trás perde o tempo que já não volta Nas voltas da vida, gira o mundo e engrena a poesia Que nutre cada palavra dita sobre essas notas Críticos vão chiar com esses versos sutis atômicos Bélicos, na dosagem certa pra deixar incrédulos Líricos, vão assimilar o supersônico Modo com que nóis passa essas verdades no débito Então põe na conta do Estado, oligarcas, mercenários Este é o cenário que eu desenho e desconstruo, Eu refaço o rascunho dessa sociedade-jogo Rasgo, só acredito em quem olha no olho Poupo a minha garganta, mesmo gritando isso bem alto E o que tava entalado eu empurrei do precipício Eu, há muito tempo não nego, nenhum dos vícios que tenho Me purifico quando eu tô nesse exercício O ócio reflexivo explana minha visão do fluxo Áspera, verdades atracam mais do que âncoras Iguais a vocês eu não fujo, dá até refluxo Mas sigo e é isso que eu estampo aqui nessa flâmula Arte marginal rumo ao infinito diário de bordo Décima página, ainda tô no começo Parte essencial do que acredito, o movimento é vida Já faz um tempo que eu sinto que eu estou existindo mesmo Aí, função simplória que expressa uma conduta, ação Que é pra deixar registrado aí na memória Sob esse céu baixo que cobre a nossa cultura Coragem é o ponto de partida pra escrever a história Firmeza, firmão, recado dado e a missão contínua Ainda continua sendo exercida Na mesma intensidade de quando foi recebida Com uma única diferença, hoje ninguém mais me censura E não censura mesmo não, tá ligado? Yeah. E quem tem pra trocar com nóis? Quem tem pra trocar com nóis? Talvez não seja nem necessário Que o objetivo daqui é um só Rasgando a arte na avenida do concreto no abstrato Riscando o asfalto, deixo minha mente na neblina O rastro pulsa rápido e em cada linha deixo Meu compasso, o jeito que eu enxergo a vida Não é quadrado, o prisma é singular, é circular São linhas retas que se encontram no horizonte Hoje não tem semântica, vim cuspir o papo reto nessa sala Visão incomum é cura quântica