Quando o Rebocador Laurindo apitar *apito de navio*,
O que será de minha sina?
Eu, um malandro alinhado, no meio de uns pilantras
Vou pra Colombina embarcado.
Colombina colônia convencional, Ilha Grande.
É um ilha, não posso fugir.
Como tem tubarão, nossa senhora... que cana dura!
A tal de viga me mete pavor,
Vou trabalhar pro diretor.
É uma viga de ferro. Nego tem que enfrentar aquela viga por castigo.
Pra lá e pra cá, e... 'tamos conversado, a hora é essa. Vai em frente, vargolino!
Mas sinto uma dor no coração, porque me falaram mum tal de camarão.
Que quando... "xô" te contar, olha:
é um cipó, não é camarão ensopadinho com chuchu, que eu também gosto.
Às quintas-feiras dona Mariazinha faz, que beleza de gostosura.
É, mas é um cipó que quando bate, arrebenta qualquer peruano, rapaz...
Vou te contar, não é mole, não, doutor!
Eu, Antonico Abóbora d'Água li meu nome no jornal, cheio de mágoa... quem diria?
Eu, o maior dos bailarinos, um papo legal e fino,
O maior na valentia.
Eu trabalhei aquele otário mal,
E fui arrastado pela turma do braçal - que quando chega...
- Ô meu amigo, vamos até ali que o homem quer falar com você...
- Mas logo hoje que eu tô com um baile programado, o senhor quer me assediar...?
- Não, vamo lá! Não tem nada de mais, não. Acho que é pra dar um presente pra você.
- Mas tô com habeas corpus preventivo, peraí!
- Vamo lá, rapaz!
- Engrossou. Pronto, entrei.
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