Aí vai o galope do tempo no seu corcel alado Não volta não salta nem para e nunca fica cansado Sua crina envolve meus sonhos sem muita caltela Com a guerra, a peste, a fome e a morte atreladas na cela ♪ Como se fosse em busca de algo que nunca encontrasse Deixando seu rastro nos vincos e rugas, dessa minha face Seus olhos gigantes não dançam nem piscam parecem dopados Assim vai o galope do tempo no seu corcel alado ♪ Quando lhe encontrei não acreditei, pois você não existia Como pode a ciência tentar explicar tamanha bruxaria Esse pequeno invasor na noite do ventre, vir a tona um dia Mas parece que hoje é apenas o ontem de amanhã Entã foi agora nem faz uma hora Adão mordeu a maçã Sinto raiva do tempo, mas adoro esse vento Que ele insiste em soprar Expulsa por um aviso, ave do paraíso Meus braços erguidos irão te amparar ♪ Aí vai o galope do tempo no seu corcel alado Sua trilha, caminho, nosso rumo e destino, seu significado Vamos tentando encontrar algo que justifique esse estranho legado Com a vida pulsando entre as patas e cascos desse corcel alado