Não há nenhuma lua no céu Alguns pontos de luz escorregam e brilham piscam e desaparecem por Entre a espessa bruma aninhada sob arbustos calçadas e cacos de vidro O ranger de metais das chaves do vigia não Importuna as formigas que fazem fila sob os meus pés Não há nenhuma lua no céu À minha frente a estátua de dedo em riste Jura inocência enquanto arrota fuligem e orvalho Confiro meus bolsos vazios em busca de algo que eu Não sei o quê não sinto sono fome sede não sinto nada Não há nenhuma lua no céu nem chuva nem Vênus, nem Fogo que ilumine a pequena torre onde o vigia expõe sua fronte Crispada sua boca lacrada e sua alma inchada de café e cansaço. Não há nenhuma lua no céu nenhum som Na terra e o vigia dorme profundamente