E tudo aquilo que eu escrevi Seja feliz na amargura São pensamentos aleatórios Desta minha loucura E seja doença ou uma cura Seja raiva ou ternura Seja pelo molde que eu tenho nas mãos Que não esqueço a tua cintura Pois é um problema que dura Já tentei por para trás Ainda não esqueci a culpa E tudo o que ela nos trás Ou tudo o que ela nos faz Aliada às coisas más E mesmo depois de me enterrares Eu nunca fiquei em paz Mas fica firme rapaz O tempo desapareceu no espaço Da inocência até aqui Foi apenas um pequeno passo Aguardo cada pedaço Cada momento que hoje é escasso Seja numa casa, na praia Num arranha-céus ou num terraço E olho para as paredes do meu quarto Vejo tanta história guardada Contam cada sorriso Ou cada queda bem dada Ou cada cabeça fumada Ou cada planta jogada Eu vi toda a gente a mudar ao redor E ninguém fez nada Que aqui nunca faltou nada Sou um exemplo para mim E tenho todos esses fakes Apontados no meu boletim São mais perguntas sem fim Mas dizem que tem de ser assim Uma beleza monozigótica Da qual eu nunca vi Quem me dera escrever para ti Mas foieres que assim não quis Eu vou voar na minha cabeça Vou ver as luzes a Paris Há quem fale e não o diz Há quem não seja de raiz E tudo aquilo que eu não disse Desapareceu nos meus confins, nigga E desapareceu nos meus confins Eu acho que perdi os meus confins Andei perdido nos meus confins Tudo se resume aos meus confins Eu vou rasgar todos os meus planos E escrever todos os meus sonhos Eu vou levar todos os meus manos Em todos esses futuros risonhos Já esquecemos todos os enganos Momentos da vida enfadonhos E afogámos toda a cabeça Nessas melósas e medronhos Éramos todos putos medronhos Crescemos aos sabor das falhas Mas depois das desilusões Construímos todos muralhas Urgente entalhas Que andam no fio das navalhas E hoje trocámos os sentimentos Pelo pacote das mortalhas Puxa o barco se não encalhas Preferes o pão ou as migalhas E a vida é um baralho No qual só tu baralhas Baby tu só baralhas E é o teu perfume que espalhas Tu és o meu maior troféu Na sala das medalhas E por favor não caias Eu escrevo direito por linhas tortas E custa-me ver a forma Como te comportas E trancas-te essas portas Não digas que não gostas Só me interrogam de perguntam Das quais não tenhas respostas Mas pergunta aos teus sentidos Se ultimamente têm sentido Um qualquer tipo de sentido Abrigado por um abrigo Ou abraçado por um amigo Ou acolhido por um mau caminho O teu corpo é uma adivinha Que já não sei se ainda adivinho E nunca me há de faltar o vinho Ou aquele leal abraço Nunca me vais apontar o dedo A dizer que fui um fracasso Nunca vais olhar para trás Para dizer que fui um acaso Numa nova direção Onde eu já trocei o baço Ele é accionado pelos teus erros Mesmo pelos mais comuns Porque isto de errar é humano Deve ser só para alguns Na mente viram monstros Somente fazem vudos Há coisas na tua vida Que tens de por uma cruz E eu falo agarrado há cruz Sobre tudo aquilo que eu fiz Porque hoje aquilo que eu quero Nem sempre foi aquilo que eu quis E só falhámos por um triz Acredita tu sê feliz E guarda bem o que eu perdi Que tá perdido nos meus confins, nigga E desapareceu nos meus confins Eu acho que perdi os meus confins Andei perdido nos meus confins Tudo se resume aos meus confins