Caros amigos, com tristeza me despeço
Não julguei tão perto a hora do caminho bifurcar
Bem vos entendo
Mas é estranha a sensação
Em que a solidão é para quem ficar
Quero-vos bem
Sei ao que vão
Ia também
Se não fosse esta obrigação
De alimentar
A crença vã
De que o futuro ainda é amanhã
A minha casa acaba em Espanha
P'ra já ninguém me apanha
Fora dos terrenos onde trago o coração
Não passo de Vilar Formoso
Talvez por ser teimoso
Talvez por ter medo
Ou justamente porque não
À conta de negócios menos claros
Estão a vender o sítio onde vivi
Por escolha de alguns amigos caros
Adeus, caros amigos
Mas eu fico que ainda sou preciso aqui
Caros amigos
Eu cuido do nosso canto
Não deixo estragá-lo tanto
Que não queiram cá voltar
Eu rego a esperança
Levo a ambição à rua
Estendo o défice lá fora p'ra secar
Quero-vos bem
Sei ao que vão
Ia também
Se não fosse esta obrigação
De alimentar
A crença vã
De que o futuro ainda é amanhã
Mas se algum dia eu tiver de ir
Tranco a porta
E apago a luz quando sair
Fica a nação
Para alugar
Mas até lá vão ter que me aturar
A minha casa acaba em Espanha
P'ra já ninguém me apanha
Fora dos terrenos onde trago o coração
Não passo de Vilar Formoso
Talvez por ser teimoso
Talvez por ter medo
Ou justamente porque não
A minha casa ainda é esta
Ou o que dela resta
Podem levar tudo que não levam a raiz
E mesmo que esta casa caia
E tudo dela saia
Sei que do orgulho deste chão
Volta a nascer o meu país
Não julguei tão perto a hora do caminho bifurcar
Bem vos entendo
Mas é estranha a sensação
Em que a solidão é para quem ficar
Quero-vos bem
Sei ao que vão
Ia também
Se não fosse esta obrigação
De alimentar
A crença vã
De que o futuro ainda é amanhã
A minha casa acaba em Espanha
P'ra já ninguém me apanha
Fora dos terrenos onde trago o coração
Não passo de Vilar Formoso
Talvez por ser teimoso
Talvez por ter medo
Ou justamente porque não
À conta de negócios menos claros
Estão a vender o sítio onde vivi
Por escolha de alguns amigos caros
Adeus, caros amigos
Mas eu fico que ainda sou preciso aqui
Caros amigos
Eu cuido do nosso canto
Não deixo estragá-lo tanto
Que não queiram cá voltar
Eu rego a esperança
Levo a ambição à rua
Estendo o défice lá fora p'ra secar
Quero-vos bem
Sei ao que vão
Ia também
Se não fosse esta obrigação
De alimentar
A crença vã
De que o futuro ainda é amanhã
Mas se algum dia eu tiver de ir
Tranco a porta
E apago a luz quando sair
Fica a nação
Para alugar
Mas até lá vão ter que me aturar
A minha casa acaba em Espanha
P'ra já ninguém me apanha
Fora dos terrenos onde trago o coração
Não passo de Vilar Formoso
Talvez por ser teimoso
Talvez por ter medo
Ou justamente porque não
A minha casa ainda é esta
Ou o que dela resta
Podem levar tudo que não levam a raiz
E mesmo que esta casa caia
E tudo dela saia
Sei que do orgulho deste chão
Volta a nascer o meu país
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