Anda encurvado
Carrega em cima o peso do passado
Sabe de cor as pedras do caminho
E até é esperto ao ponto de falar sozinho
Para evitar discussões em tempos idos
Já comandou soldados e bandidos
Deu pão aos pobres, paz aos oprimidos
Mas a proposta escrita do dever cumprido
Não contemplava pensões
E evidentemente enquanto ajudava a gente
Tratou de todos menos de si
Trocou mulher e filhos por protestos e sarilhos
E ao fim ao cabo anda por aí
Sem rei nem altar
Nem revolta popular
Eu sinto-me um pouco assim
Por ver tanto dele em mim
Se eu lhe for falar
Tem histórias de apaixonar
E é triste ver que acaba então
Com as memórias no chão
E a cama numa caixa de cartão
Arruma carros
E troca os seus serviços por cigarros
Canta velhas canções desinteressantes
E até se fez amigo de alguns estudantes
Que lhe ofereceram traçado há quinze dias
Visitou vereadores e freguesias
Preencheu todas as burocracias
E até saiu de lá sobrequalificado
Para a oferta de mercado
Vem, vem
Volta para o teu lugar
Vem, que alguma coisa se há-de arranjar só para ti
Mas ainda não descobri
Quem, quem
De algo te possa valer
Quem, quem esteja pronto para o fazer
Na sua mão
A quem deu todo o futuro pela nação
♪
Sem rei nem altar
Nem revolta popular
Eu sinto-me um pouco assim
Por ver tanto dele em mim
Se eu lhe for falar
Tem histórias de apaixonar
E é triste ver que acaba então
Com as memórias no chão
E a cama numa caixa de cartão
Carrega em cima o peso do passado
Sabe de cor as pedras do caminho
E até é esperto ao ponto de falar sozinho
Para evitar discussões em tempos idos
Já comandou soldados e bandidos
Deu pão aos pobres, paz aos oprimidos
Mas a proposta escrita do dever cumprido
Não contemplava pensões
E evidentemente enquanto ajudava a gente
Tratou de todos menos de si
Trocou mulher e filhos por protestos e sarilhos
E ao fim ao cabo anda por aí
Sem rei nem altar
Nem revolta popular
Eu sinto-me um pouco assim
Por ver tanto dele em mim
Se eu lhe for falar
Tem histórias de apaixonar
E é triste ver que acaba então
Com as memórias no chão
E a cama numa caixa de cartão
Arruma carros
E troca os seus serviços por cigarros
Canta velhas canções desinteressantes
E até se fez amigo de alguns estudantes
Que lhe ofereceram traçado há quinze dias
Visitou vereadores e freguesias
Preencheu todas as burocracias
E até saiu de lá sobrequalificado
Para a oferta de mercado
Vem, vem
Volta para o teu lugar
Vem, que alguma coisa se há-de arranjar só para ti
Mas ainda não descobri
Quem, quem
De algo te possa valer
Quem, quem esteja pronto para o fazer
Na sua mão
A quem deu todo o futuro pela nação
♪
Sem rei nem altar
Nem revolta popular
Eu sinto-me um pouco assim
Por ver tanto dele em mim
Se eu lhe for falar
Tem histórias de apaixonar
E é triste ver que acaba então
Com as memórias no chão
E a cama numa caixa de cartão
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