Taparam-me os olhos para ver se eu não via Mas é com a boca que o people se expressa A cigana que me leu a minha sina Mencionou que a vida se acaba depressa Lá no sítio onde a cobra te morde E o atrapalhado na língua tropeça Onde tudo aquilo que era falado é tudo verdade até que alguem confessa Diz e confessa então Vê como o destino te empurra para o que é enganatório Continua a ver a vida de outro lado Vais ficar deitado a assistir ao velório é o cartório que aguenta quando tens medo Mais um formatado pra ficar no canto Ensinas-te o teu filho a odiar o que é preto A droga que ele fuma é vendida por brancos Mo boy vejo tanto tanto Tanto odio que sóbrio não vivo, eu vivo na estala Por isso eu só canto canto Musica porque é o que eu vivo, não para mostra-la Que eles espalham o medo em toda a parede da city Como é que querem que a zona não seja tão quente Se a lei vai lá por piri-piri E não é ser bera, mas aproveita bem a atmosfera Que eles que à espera eles estão A escutar a chamada telefónica E nunca é na próxima que dizes que não Vamos vivendo o gato e o rato Com as unhas no meio do alicate à espera que venham com gana Com raiva do homem enquanto consomem A mesma merda que matou os Nirvana E tanta é a ceita que quer a receita Rouba-la à má fila Que tentam estuda-la para experiementa-la Injecta-la e tentarem criar outro Dillaz MC Senhor guarda eu até compreendo que venha perguntar Quem compra os comprimidos Aquilo que eu vendo, vendo, mas não é pra cheirar É para pôr nos ouvidos Tenho visto mais desconhecidos Que amigos por trás do meu lombo Os mangas que sabem que chove respeito Esperam pela molha ou pela hora que eu tombo Não venham dizer que isto é consideração Que aquilo que sinto nunca fez sentido e aquilo E que aquilo que eu vejo é só uma visão Que aquilo que eu vejo é o reflexo então Aquilo que eu vejo é o reflexo então Aquilo que eu vejo é o reflexo então Aquilo que eu vejo é o reflexo então Aquilo que eu vejo é o reflexo então Aquilo que eu vejo é o reflexo então Aquilo que eu vejo é o reflexo então Aquilo que eu vejo é o reflexo então Eu vejo tão longe o reflexo da trégua Desde pequenos ligados ao fumo, vivemos na névoa Cá na Tuga ou tu pagas uns trocos Para teres regalias e tu esticares a régua Ou dao-te a mochila para ires a Marrocos Para virares um burro cruzado com égua Dizem Vai, atira-te à fossa, nada em mariposa que assim tu vais bem Tu leva porrada, mas sofre calada tu nunca digas à ninguém Continua a dar tristezas ao teu pai e lágrimas à tua mãe Mas tudo isso é zona sem saída Agora vai diz a todos que a vida te oprime Mete uma fusca por tras da fivela Segue o mais velho com menos regime Da cela para o gym, do gym pra cela Tu proprio escolhes o botão que se prime Só o lado mau é que te abre a cancela Tudo isto porque o teu lado bom Volta para o mau, não dá clientela E quem te atropela não sente a mazela Nem pede com licença Vai-se embora com a atitude fatela Mas fica na consciência Tu sentes o people a rir quando cais Não é fazer troça nem contradição Ao fim ao cabo somos todos iguais Aquilo que ves é o reflexo então ♪ Aquilo que eu vejo é o reflexo então Aquilo que eu vejo é o reflexo então Aquilo que eu vejo é o reflexo então Aquilo que eu vejo é o reflexo então Aquilo que eu vejo é o reflexo então Aquilo que eu vejo é o reflexo então Aquilo que eu vejo é o reflexo então Aquilo que eu vejo é o reflexo então