Nesta ultima gaveta, onde guardo o meu passado Quando a coisa fica preta Volto sempre a vasculhar Entre uns os discos meio loucos Tralhas de outros carnavais Vou rememorando aos poucos Quem eu não sou mais E o que é feito daquele banzé da torcida? Com que linhas cosi os buracos da vida? Ela continua nada vai mudar Enquanto a gaveta não fechar Nessa última gaveta, onde guardas o passado Vê se espreitas a ampulheta Com a pressa de me achar Entre o pó que vais soprando Desses livros e jornais Vai aos poucos recordando Quem já não és mais E o que é feito de todo o banzé da torcida? Com que linhas coseste os buracos da vida? Ela continua, nada vai mudar Enquanto a gaveta não fechar