Barrete verde e jaqueta E a cinta preta toda franjada Atrás dos toiros mais lestos Quando os cabrestos vão de abalada Segue o caminho da praça E o gado passa como um foguete Esperas de toiros é esta A melhora festa que há n'Alcochete Há sempre um toiro na calha Que se tresmalha, que faz das suas Ninguém supõe a alegria E a valentia Que andam nas ruas Depois é ver as faenas Que são apenas pronúncios d'arte Pegas com palmas e brados Porque há forcados Por toda a parte Barretes verdes, campinas Brancas salinas, gente modesta Que atira ao ar o barrete Quando Alcochete se encontra em festa Que andar no mar é seu fado E o Tejo irado não lhe faz mágoa Que vive alegre e contente Porque é só gente da borda d'água