Hora morta, noite escura Uma guitarra trinar Uma mulher cantar O seu fado de amargura E através da vidraça Enegrecida e quebrada A sua voz magoada Entristece quem lá passa Vielas da Alfama Ruas da Lisboa antiga Não há fado que não diga Coisas do vosso passado Vielas da Alfama Beijadas pelo luar Quem me dera lá morar Para viver junto do fado A Lua às vezes desperta E apanha desprevenidas Duas bocas muito unidas Numa porta entreaberta Então a Lua corada Ciente da sua culpa Como quem pede desculpa Esconde-se envergonhada Vielas da Alfama Ruas da Lisboa antiga Não há fado que não diga Coisas do vosso passado Vielas da Alfama Beijadas pelo luar Quem me dera lá morar Para viver junto do fado ♪ Vielas da Alfama Beijadas pelo luar Quem me dera lá morar Para viver junto do fado