Se ouvires alguém dizer que te esqueci Não faças caso, não faças caso Não foi por tua causa que parti Nem por acaso, nem por acaso Não temos passaporte para a vida Passamos as fronteiras sempre a salto Não há quem olhe por nós lá no alto E só nos resta a porta de saída Então aquilo a que chamamos vida É o destino tomado de assalto Por isso Os rios nascem à tua procura O sol põe-se sempre ao teu redor Qualquer casa parece melhor Com uma janela para a tua brancura E cada barco que passe, é uma jura De amor eterno, de eterno amor Por isso Não temos passaporte para a vida Por muito que a saudade às vezes doa Mas quando o nosso coração entoa O fado triste de uma despedida Sabemos o nosso lugar na vida E toda a parte nos lembra Lisboa