Essa rua sem céu, sem horizontes
Foi um rio de águas cristalinas
Serra verde molhada de neblina
O olho d'água sangrava numa fonte
Meu anel cravejado de brilhantes
São os olhos do capitão Corisco
E é a luz que incendeia meu ofício
Nessa selva de aço e de antenas
Beija-flor, tô chorando suas penas
Derretidas na insensatez do asfalto
Mas eu tenho meu espelho cristalino (ô baiana)
Que uma baiana me mandou de Maceió (ô baiana)
Ói, ele tem uma luz que me alumia (ô baiana)
Ao meio-dia, clareia a luz do sol (ô baiana)
Eu tenho meu espelho cristalino (ô baiana)
Que uma morena me mandou de Maceió (ô baiana)
Olhe, ele tem uma luz que me alumia (ô baiana)
Ao meio-dia, clareia a luz do sol (ô baiana)
Que me dá o veneno da coragem (ô baiana)
Pra girar nesse imenso carrossel (ô baiana)
Flutuar e ser gás paralisante (ô baiana)
E saber que a cidade é de papel (ô baiana)
Ter a luz do passado e do presente (ô baiana)
Viajar pelas veredas do céu (ô baiana)
Pra colher três estrelas cintilantes (ô baiana)
E pregar nas abas do meu chapéu (ô baiana)
Vou clarear o negror do horizonte
É tão brilhante a pedra do meu anel
♪
(Ô, baiana)
♪
(Ô, baiana)
Olha que eu tenho meu espelho cristalino (ô, baiana)
Que uma baiana me mandou de Maceió (ei, baiana)
Olhe, ele tem uma luz que me alumia (ô, baiana)
Ao meio-dia, clareia a luz do sol (ô, baiana)
Eu tenho meu espelho cristalino (ô, baiana)
Que uma baiana me mandou de Maceió (ô, baiana)
Olhe, ele tem uma luz que me alumia (ô, baiana)
Ao meio-dia, clareia a luz do sol (ô, baiana)
Eu tenho meu espelho cristalino (ô, baiana)
Eu tenho meu espelho cristalino (ô, baiana)
Eu tenho meu espelho cristalino (ô, baiana)
Eu tenho meu espelho cristalino (ô, baiana)
Que uma baiana me mandou de Maceió (ô, baiana)
Olhe, ele tem uma luz que me alumia (ô, baiana)
Quando é mei-dia, clareia a luz do sol (ô, baiana)
Eu tenho meu espelho cristalino