Quando eu canto, o seu coração se abala Pois eu sou porta-voz da incoerência Desprezando o seu gesto de clemência Eu sei que o meu pensamento lhe atrapalha Cego o sol, seu cavalo de batalha E faço a lua brilhar no meio-dia Tempestade eu transformo em calmaria E dou um beijo no fio da navalha Pra dançar e cair nas suas malhas Gargalhando e sorrindo de agonia ♪ Se acaso eu chorar, não se espante O meu riso e o meu choro não têm planos Eu canto a dor, o amor, o desengano E a tristeza infinita dos amantes Dom Quixote, liberto de Cervantes Descobri que os moinhos são reais Entre feras, corujas e chacais Viro pedra no meio do caminho Viro rosa, vereda de espinho Incendeio esses tempos glaciais ♪ Se acaso eu chorar, não se espante O meu riso e o meu choro não têm planos Eu canto a dor, o amor, o desengano E a tristeza infinita dos amantes Dom Quixote, liberto de Cervantes Descobri que os moinhos são reais Entre feras, corujas e chacais Viro pedra no meio do caminho Viro rosa, vereda de espinho Incendeio esses tempos glaciais