Essa rua sem céu, sem horizontes Foi um rio de águas cristalinas Serra verde, molhada de neblina Um olho d'água sangrava numa fonte Meu anel cravejado de brilhantes São os olhos do capitão Corisco É a luz que incendeia meu ofício Nessa selva de aço e de antenas Beija-flor tou chorando suas penas Derretidas na insensatez do asfalto Mas eu tenho um espelho cristalino Uma baiana me mandou de Maceió Ele tem uma luz que me alumia Ao meio-dia clareia a luz do sol Olha que eu tenho o meu espelho cristalino Uma baiana me mandou de Maceió Ele tem uma luz que me alumia Ao meio-dia clareia a luz do sol Que me dá o veneno e a coragem Pra girar nesse imenso carrossel Flutuar e ser gás paralisante E saber que a cidade é de papel Ter a luz do passado e do presente Viajar pelas veredas do céu Pra colher três estrelas cintilantes E pregar nas abas do meu chapéu Vou clarear o negror do horizonte É tão brilhante a pedra do meu anel Olha que eu tenho o meu espelho cristalino Uma baiana me mandou de Maceió Ele tem uma luz que me alumia Ao meio-dia clareia a luz do sol Olha que eu tenho o meu espelho cristalino Uma baiana me mandou de Maceió Ele tem uma luz que me alumia Ao meio-dia clareia a luz do sol Que me dá o veneno e a coragem Pra girar nesse imenso carrossel Flutuar e ser gás paralisante E saber que a cidade é de papel E ter a luz do passado e do presente Viajar pelas veredas do céu E pra colher três estrelas cintilantes E pregar nas abas do meu chapéu Vou clarear o negror do horizonte É tão brilhante a pedra do meu anel