Êêêôôô! Aaaêê! Iiiôôôô! Aaaêêê! Lá vem bem meu boi sem canga Êêêê! Meu Boi! Lá vem meu boi garboso êêêôôô! Pisando o pasto-grama, êêê! Meu Boi! Vem Aboiando no meio da praça Faz a gente ser gente e não raça De uma vez escutar outra vez nossa voz Faz desse tempo fugaz nossa casa Faz de conta que o pêndulo para E a saudade a cantar Quem não entrar na alegria do boi, fica só! Tem nesse boi o contrário de tudo A tristeza evitando a tristeza E o cansaço da dor sem razão de existir Boi de ilusão faz o velho de novo Faz sentir que ele ainda é tão moço Faz eunuco bulir Quem não entrar na alegria do boi, fica só! Meu boi de rua vai passar Quem vai no boi vai se encantar Tem Ester, vai João, tem o Gã, foi Maria E essa ainda era neném Meu boi de rua vai passar Quem vai no boi vai se encantar Chama o Zé, dona Vida e a Quimera Pro sonho sonhar! (Floriano e Jorge Andrade)