Miss tempestade não tem tempo O cinza avança sobre o azul Hieróglifos elétricos riscam o céu Escreva, miss tempestade Que esse dia branco é seu Despenque sobre esse vazio Preencha o silêncio de Deus Escreva, miss tempestade Não contemporize a sua intensidade Dói em mim uma dor estranha E não há osso músculo nervo Que me diga seu nome Dor assim eu carrego com calma Sem medalhas gazes anestesias Álibi algum alivia minha alma Ter a alma durando no tempo Durando como duram as dunas As dores levadas pelo vento Nenhuma dor durando inteira Como as pedras duras Um dia acordam dunas (Vitor Ramil e Ricardo Corona)