Veneno, veneno, veneno pinga da boca daquela cobra Tava me olhando, mudiando olhei pra ela E digo, sou vaqueiro marajoara Esse olhos de cobra se encontram com o meu Acho que vai me encantar Numa cantiga pra dançar do vagalume No chover viro perfurme, no vento quero espalhar O laço e o vaqueiro é moda Na campina eia o gado, meu coração nunca esquece Hoje eu vou cantar rodopiado Sentindo o gosto do veneno do mercúrio Descendo o rio Rasgadura, vi quintino na tocaia Andei léguas proibidas, to farpado To cercadode absurdo e muita gente no estirão Jurei na romana o cipoar da vaqueirada guarnecer Peço licença pra contar caso de atiro Era cancão, era quintino e embainhar Dispara rifle e valentia fazendeira O sangue na rede esse grileiro não matar Eu fecho um olho e o outro eu cambo pro jauacá Abro a janela e vejo os bruxos do chué Os Parintins e os Tocantins na mergulheira Buio nas ilhas, filho das cobras mugiro E só de namoro eu vim procurando as estrelas A flor que cheira, é uma beija – flor nas voadeira Canção da beira é João gomes no letrar Oh jardineira me regue no couro Ronca besouro meu ouro desgovernar Eu já vou indo nessa de mola bobina A carabina me aponta nesse vingar Cruz credo mano na forra ingazeiras Eu vejo um encarte o levante no Juruá (Ronaldo Silva)