Eles se encontram no cais do porto pelas calçadas
Fazem biscates pelos mercados, pelas esquinas
Carregam lixo, vendem revistas, juntam baganas
E são pingentes nas avenidas da capital
Eles se escondem pelos botecos entre cortiços
E pra esquecerem contam bravatas, velhas histórias
E então são tragos, muitos estragos, por toda a noite
Olhos abertos, o longe é perto, o que vale é o sonho
Sopram ventos desgarrados, carregados de saudade
Viram copos viram mundos, mas o que foi
Nunca mais será, mas o que foi, nunca mais será
Mas o que foi, nunca mais será
Cevavam mate, sorriso franco, palheiro aceso
Viraram brasas, contavam causos, polindo esporas
Geada fria, café bem quente, muito alvoroço
Arreios firmes e nos pescoços lenços vermelhos
Jogo do osso, cana de espera e o pão de forno
O milho assado, a carne gorda, a cancha reta
Faziam planos e nem sabiam que eram felizes
Olhos abertos, o longe é perto, o que vale é o sonho
Sopram ventos desgarrados, carregados de saudade
Viram copos viram mundos, mas o que foi
Nunca mais será, mas o que foi, nunca mais será
Mas o que foi, nunca mais será
♪
Jogo do osso, cana de espera e o pão de forno
O milho assado, a carne gorda e a cancha reta
Faziam planos e nem sabiam que eram felizes
Olhos abertos, o longe é perto, o que vale é o sonho
Sopram ventos desgarrados, carregados de saudade
Viram copos viram mundos, mas o que foi
Nunca mais será, mas o que foi, nunca mais será
Mas o que foi, nunca mais será
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