Me chamam de grosso, não tiro a razão Eu reconheço a minha grossura Mas sei tratar a qualquer cidadão Até representa que eu tenho cultura Eu aprendi na escola do mundo Não fui falquejado em bancos colegiais Eu não tive tempo de ser vagabundo Porque quem trabalha vergonha não faz Eu trabalhava, ajudava meus pais Sempre levei a vida de peão Porque no tempo em que eu era rapaz Qualquer serviço era uma diversão Lidava no campo cantando pros bichos Porque pra cantar eu trouxe vocação Por isso até hoje eu tenho por capricho De conservar a minha tradição S o l o Eu aprendi a dançar aos domingos Sentindo o cheiro do pó do galpão Pedia licença apeava do pingo E dizia adeus assim de mão em mão E quam conhece o sistema antigo Reclame por carta se eu estou mentindo São documentos que eu trago comigo Porque o respeito eu acho muito lindo Minha sociedade é o meu CTG* Porque nela enxergo toda antiguidade Não se confundam eu explico porque O traje das moças não são a vontade E se por acaso um perverso sujeito Quiser fazer uso em abusos de agora Já entra o machismo impondo o respeito E arranca o perverso em seguida pra fora ô mocidade, associem com a gente Vá no CTG* e leve um documento Vá ver de perto que danças de centes E que sociedade de bons casamentos Vá ver a pureza, vá ver a alegria Vá ver o respeito dessa sociedade Vá ver o encanto das belas gurias Que possa lhe dar uma felicidade