As pessoas dizem que tão pouco nos conhecemos E que, em verdade, nem sabemos o que sentimos Elas não sabem onde estivemos nós Que no reino de faraós passamos entre papiros E vimos entre suspiros o nascer das pirâmides Quantas vezes o mesmo amor contemporâneo Cruzou o azul mediterrâneo em naves fenícias Em busca das colônias pelos Jardins da Babilônia pela Pérsia, China e Macedônia Entre gregos e romanos, entre hebreus e muçulmanos Em nós, o mesmo ciúme, o mesmo perfume E os menestréis pelas vielas velhas, amarelas, tão antigas Levaram nossas cantigas no bojo de suas guitarras Cantando como cigarras das Américas um novo mundo descoberto Nos campos, nos chars, no deserto, nos Andes Enfim, em todo lugar, uma canção onde ressoar Anunciando na voz dos sinos que somos quase desuses divinos Que somos ternos e eternos, que somos Romeus e Julietas E que por séculos e planetas sempre existiremos nós E mesmo antes de civilizações, Continentes, povos e nações Nosso amor pelo mundo caminhou Nosso amor pelo mundo caminhou E mesmo antes de civilizações, Continentes, povos e nações Nosso amor pelo mundo caminhou Nosso amor pelo mundo caminhou E mesmo depois de civilizações, Continentes, povos e nações Nosso amor pelo mundo viverá Nosso amor pelo mundo viverá...